sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

mensagens

Combatendo o lodo-carnaval


E, enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se comovia em si mesmo, vendo a cidade tão entregue à idolatria. Atos 16.17

Não temos nada a celebrar nesta data de carnaval, nem podemos ficar diante da televisão olhando os desfiles que passam.

Não podemos nos intoxicar com esse vinho do carnaval, nem mesmo comentar que essa é a nossa cultura.

Há um desespero de viajar, de sair das cidades em busca destas celebrações, se gastam milhares de reais com passagens aéreas, com hotéis, com comidas, um verdadeiro desperdiço de dinheiro, tempo, saúde.

Centenas de famílias perdem seus seres queridos em acidentes do carnaval, estas famílias terão o resto das suas vidas marcadas com essa dor, tudo por causa das promoções carnavalescas, até do próprio governo.

Pessoas que gastaram o resto das suas economias para comprar um coroa de fantasia para dar cabidas as euforias nas avenidas, terminam comprando uma coroa de flores para sepultar os restos dos seus seres queridos.

Aparentemente o carnaval começa lúcido, mas depois de ingerir álcool, droga, e sensualidade as pessoas começam a perder o pudor e ficam desinibidos, se desvestem, se prostituem, se transformam e se contaminam.

Os demônios de se sentem à vontade para ativar toda a sua gama completa de orgias quebrando as barreiras inibição, do equilíbrio e da vida sadia.

Homens sentem prazer que suas mulheres sejam desejadas por outros, mesmo sendo dentro da família. Não importa se é cunhada, irmã, esposa ou tia, com a mascara de que é apenas uma folia.

Por trás das fantasias físicas estão às fantasias sexuais, de olhares impuros, gestos obscenos, que dizem que se divertem nos ritmo dos enredos.

O Brasil se corrompe se extravasa em luxuria com a autorização da religião, que promove 40 dias de jejum conhecido como quaresma. Quarenta dias de jejum antes da páscoa, pois querem ver o Cristo como Cordeiro, mas antes solta primeiro o leão carnívoro do chiqueiro.

Que tão corrompido é o ser humano, que tão baixo é o seu instinto, que tão vulgar é a sua apresentação, que tão idolatra é o seu culto ao corpo, não posso dizer beleza, pois não passa de uma profunda vileza.

O homem condena o canibalismo, condena o comunismo, condena ditatorialismo como o que esta acontecendo na Líbia. Defende tanto o meio ambiente, combate tanto a dengue, querem erradicar a pedofilia. Mas como? Se da à chave da cidade ao rei Momo?

Que engraçado por não dizer feroz: junto com belas imagens de praias, se coloca propagandas de cervejas e uma advertência besta: “se vai tomar não dirija”.

Fazem propagandas do cigarro e ao lado coloca: O ministério da saúde adverte: O cigarro é nocivo à saúde. Deveria escrever assim: Morra cinco minutos em cada cigarro fumado. Hoje você acende o cigarro, amanhã ele te apaga.

Não está Cristo no coração, se no pulmão ainda esta a fumaça. Não está Cristo na alma, se na memória está na saudade da folia.

Carnaval é canibalismo sensual, é isso que comem, é isso que expõe, é isso que ensinam. A própria etimologia designa: carnaval é o mesmo que carne vale, vale a carne.

Depois de tudo ninguém consegue eliminar a dengue, nem esvaziar os presídios. Depois de tudo a terra não suporta a chuva e os morros vêm abaixo, os crimes acontecem nas praças.

A bíblia faz um pronunciamento serio sobre a inteligência do homem em Romanos 1.22 Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.

Não estamos de acordo que os cristão façam uso do mesmo nome e do mesmo período para retiros. É um absurdo fazer um evento paralelo e chamar: carnaval de Jesus, e tocar Afroaxé Gospel baiano. Não sei qual vai ser o limite para esse tipo de festa carnal. Por geral os convertidos a Jesus tiveram um passado que incluía carnaval de rua ou de clubes e lá dançavam muito bem.

Com certeza que para pular para Jesus no carnaval gospel, teria que fazer uso desse antigo conhecimento, mover bem o corpo, e o ritmo tem que ser samba, cheio de erotismo, isso levará a mente do convertido ao passado, sentirá até falta.

Já é uma vergonha de alguns que dizem requebrar-se no espírito dentro das igrejas, como lembrando dos movimentos do candomblé. Minha irmã, as que mais fazem isso. Quero em nome de Jesus, te dizer duas coisas verdadeiras: Primeiro: isso é ridículo. Segundo: isso assusta aquele que tem mais cultura. Pare de fazer essas danças de pomba-gira.

Alguns dizem que tem que se fazer de louco para ganhar os loucos. Outros dizem que Davi matou o gigante Golias com a própria espada dele. Então querem participar do carnaval para salvar os que estão no carnaval.

Pode ser o nome do bloque gospel o mais genial possível, como existe o Cara de Leão e o Sal da Terra. Não impermeabilizam os propósitos de Deus, nessa infiltração de imoralidade.

É lodo-carnaval, sujo, contaminado, infeccioso, suas águas cheiram mal. Sai fora dele, seja
 pelo menos normal.                                                                                                                                  



O que é blasfêmia contra o Espírito Santo?


Conforme a popularidade de Jesus crescia, seus inimigos procuravam, desesperadamente, meios para explicar seus maravilhosos poderes. Finalmente, decidiram alegar que ele expulsava demônios pelo poder do próprio Satanás (Mateus 12:22-32; Marcos 3:22-30; Lucas 11:14-23). Jesus respondeu com três  os seguintes:

1. Satanás não atacaria a si mesmo, pois ninguém luta contra si mesmo.

2. Se eu expulso demônios por Satanás, como seus filhos os expelem?

3. Para roubar a casa de um homem forte, tem-se primeiro que amarrá-lo. Expulsando demônios, estou amarrando Satanás, de modo que eu possa cumprir minha missão de resgatar àqueles que Satanás mantém cativos. 

Sua advertência foi: "Em verdade vos digo que tudo será perdoado aos filhos dos homens: os pecados e as blasfêmias que proferirem. Mas aquele que blasfemar contra o Espírito Santo não tem perdão para sempre, visto que é réu de pecado eterno." (Marcos 3:28-30). 

O que é este pecado imperdoável? Muitos trechos ensinam que é possível ir tão longe de Deus que não se pode retornar. Paulo adverte sobre consciências insensíveis (1 Timóteo 4:2). Hebreus fala de corações endurecidos (capítulo 3) e daqueles que não podem ser trazidos de volta ao arrependimento (capítulo 6). João fala daqueles cujos pecados levam à morte, uma vez que eles se recusam a se arrependerem e a confessá-los (1 João 5:16-17). O próprio Jesus fala do solo que foi pisoteado e compactado ao ponto em que nenhuma semente pode germinar (Lucas 8:5). Cada passo que damos afastando-nos de Deus aproxima-nos do ponto sem retorno. Podemos perder o poder moral para mudar e voltar ao Senhor.

O problema, naturalmente, não está na vontade de Deus de perdoar o pecador (Lucas 15; 2 Pedro 3:9). Deus alegremente aceita e perdoa a todos que se arrependem. O problema está em que alguns rejeitam cada tentativa de Deus para motivar o arrependi-mento. Depois que Jesus deixou a terra, o Espírito Santo veio para revelar a mensagem final da salvação. Para aqueles que a recusam e se voltam contra o Espírito Santo, Deus não tem nenhum outro plano. Não há outro sacri-fício pelo pecado (Hebreus 10:26-31). Aqueles cujo estado endurecido faz com que recusem o rogo final de Deus, nunca serão perdoados. Esta é a blasfêmia contra o Espírito Santo. Queira Deus conceder-nos corações tenros para prontamente responder à sua palavra.
                                                                                                                                                             
                                                                                                                                                                    
 

Deus Pode Usar Pessoas com Falhas
Para Cumprir Seus Planos?


Se é bem-sucedido, obviamente vem de Deus. Certo? Se traz benefício espiritual, não resta dúvida! É assim que muitas pessoas julgam pessoas e obras dos homens, imaginando que o fim justifique o meio, e até prove a aprovação de Deus das pessoas usadas para o bem dos outros. Deus pode usar pessoas com falhas para cumprir seus planos? Ele pode permitir que alguém sirva para ajudar outros, e ainda reprovar aquele mensageiro?

As aplicações deste raciocínio são muitas. Alguns justificam o adultério porque Davi era homem segundo o coração de Deus (Atos 13:22). Outros defendem práticas erradas nas igrejas (mulheres pregando, todo tipo de show musical, atividades de entretenimento, apelos materialistas, etc.) porque servem para encaminhar algumas pessoas para Cristo. Num mundo de marketing e comércio, não deve nos surpreender que o “lucro” no final da folha de balanço se torne o único medidor importante.

Mas o estudo da palavra deixa bem claro que o julgamento de Deus é outro. Ele frequentemente usa pessoas com falhas, e até atos errados destas pessoas, para cumprir seus planos. Jamais devemos distorcer este fato para justificar o erro. Considere:

Perez era filho de Judá e Tamar, e se tornou antepassado de Jesus (Mateus 1:3). Mas a relação deles envolvia promessas quebradas, engano e prostituição (veja Gênesis 38). Deus usou estas pessoas, mas não aprovou os pecados delas. A genealogia de Deus inclui adúlteros, assassinos, idólatras, etc. Deus usou pessoas com falhas para trazer Jesus ao mundo!

Deus pode usar o pecado do homem para cumprir seus planos, mas isso não justifica o erro. Os irmãos de José pecaram nas suas más intenções, mas Deus usou o erro deles para salvar uma nação (Gênesis 50:20). Judas pecou, mas Deus usou sua traição para um fim proveitoso (Mateus 26:24).Os judeus mataram Jesus, mas Deus usou este pecado para cumprir seus planos (Atos 3:13-19).

Se refletir um pouco, perceberá que Deus constantemente usa pessoas com falhas para cumprir seus propósitos, porque ele trabalha por meio de pessoas imperfeitas – como você e eu! Ele escolheu sacerdotes imperfeitos (Hebreus 7:23,27), apóstolos imperfeitos (2 Coríntios 4:7; Gálatas 2:11; Filipenses 3:12), etc.

O fato de alguém servir para pregar a verdade aos outros não significa que a própria pessoa necessariamente chegará ao céu (1 Coríntios 9:27). Cada um será julgado pelo reto Juiz (2 Coríntios 5:10; João 12:48).                                                
                                                                                                                                                                     

Doenças e Tragédias na Vida do Crente


       Doenças e Tragédias na Vida do Cristão. É Possível Explicar? 

"Pensais que aqueles dezoito, sobre os quais caiu a torre de Siloé e os matou, foram mais culpados do que todos os habitantes de Jerusalém? Não, eu vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis" (Lc 13.4-5).
       Jesus fez menção no passado de uma torre que havia caído e matado muitas pessoas. Era a torre de Siloé. Jesus queria nos mostrar que aqueles que morreram na torre não eram mais culpados do que os restantes dos habitantes de Jerusalém!
       A nossa mentalidade cristã precisa entender que o fato de acontecer algo ruim ou terrível para um cristão não indica que aquela pessoa estava "devendo" alguma coisa para Deus.
       Vivemos num mundo imperfeito, manchado pelo pecado, pelo ódio, pela maldade. Quantas crianças e pessoas inocentes morrem diariamente sem nunca terem cometido nenhum mal maior em suas vidas? Quantos cristãos autênticos, lavados pelo sangue do Cordeiro, justificados diante do Senhor, não morrem por esse mundo afora em guerras, desastres e tragédias?
       Precisamos parar de olhar para as pessoas que sofrem e achar que elas "estão assim" por culpa delas. Precisamos parar de olhar para as pessoas soropositivas e achar que é porque têm "culpa no cartório" ou olhar para o que tem câncer e deduzir que há algum "pecado não-confessado". Precisamos parar de concluir que o irmão que não "sobe na vida" é porque ele não dá o dízimo, e você "subiu" porque é um fiel dizimista.
       Essas explicações têm criado uma geração de crentes carregados de culpa que vivem procurando em sua vida "onde errei" para que tal coisa sucedesse comigo? O que pretendo demonstrar é que nem sempre os sofrimentos são resultantes de um erro nosso ou porque deixamos de fazer alguma coisa que devíamos ter feito.
       Não estou querendo aqui tirar as conseqüências da ação humana irrefletida e irresponsável, mas não podemos generalizar isso para todas as situações de dor e miséria. Nem sempre existe uma relação determinista de causa-efeito. Pastores morrem de desastres; missionários são acometidos das mais diversas doenças; crentes sinceros e de vida irrepreensível sofrem de diabetes, úlcera, problemas de coluna, artrite, deficiência renal....
       Não podemos inferir que desastres, tragédias ou doenças decorrem de uma culpa anterior. Nós cristãos não cremos em karma!
       Quando começamos a achar que tudo é decorrência determinista de nossos atos (bons ou maus) perdemos a consciência da graça de Deus. As benesses de Deus sobre nossa vida nem sempre encontram um servo merecedor. A benção pode vir sobre nós independente de nossos méritos. O sol nasce para os bons e para os maus, e a chuva cai sobre a fazenda do cristão e sobre a fazenda do ateu.
       É muito comum ver crentes testemunhar bençãos enfatizando seus méritos, seus jejuns, o quanto ele tem sido fiel, o quanto ele tem fé, o quanto a igreja que ele freqüenta é poderosa, etc. etc. Poucos, muito poucos, reconhecem que não merecem essas bênçãos e que se receberam foi unicamente pela graça de Deus.
       Isso faz-me lembrar a história do galo que gabava-se de todas as manhãs fazer o sol nascer porque antes do alvorecer ele subia no poleiro e cantava a plenos pulmões. E por anos e anos aquela comunidade cria que, de fato, o sol nascia porque aquele galo cantava ainda de madrugada para chamar o astro-rei. Até que um dia o famoso galo perdeu a hora, dormiu até tarde e..... o sol nasceu.
       Da mesma forma há muitos crentes que imaginam que é o seu fazer que vai determinar o presente e o futuro. Temos a nossa responsabilidade, é verdade, mas há os desígnios inescrutáveis que somos incapazes de compreender.
       É sempre bom lembrar que se não somos consumidos devemos isso exclusivamente às misericórdias de Deus e não por nossos méritos pessoais (Lm 3.22).
       É sempre bom lembrar que Deus não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui consoante as nossas iniqüidades (Sl 103.10).
       É sempre bom lembrar que nossas justiças são como trapos de imundícia (Is 64.6 ) e não nos garantem nada!
       Hoje posso dizer que entendo o Pregador quando ele diz: "há justo que perece na sua justiça, e há perverso que prolonga os seus dias na perversidade" (Ecl 7.15).
       A nós resta a única atitude correta diante da vida, da dor e do sofrimento: depositar nossa confiança em Deus e descansar em sua Graça, mesmo não compreendendo as coisas que nos entristecem e nos fazem chorar.                                   
                                                                                                                                                                     
                                                                                    

O Fundo do Poço

Sl 121.1,2


O grande profeta Jeremias encontrava-se no fundo do poço—literalmente (Jr 38.6), Posso imaginar um dos seus grandes amigos, Baruque, em cima, gritando para o profeta, "Tenho boas notícias e más notícias para você...." "As más notícias são que você está no fundo do poço." ("Grande novidade...Você é demais, Baruque! Quais são as boas?") "As boas são, se você continuar cavando, só faltam 13.000 km até a Austrália!" 

No fundo do poço, há três possibilidades: 1) Rolar na lama 2) Cavar mais fundo 3) Olhar para cima!

Quando no fundo do poço, olhe para cima!  Não é para rolar em seus problemas, muito menos cavar neles, mas é hora de olhar para o Senhor.  
“Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do Senhor, que fez o céu e a terra. Ele não permitirá que os teus pés vacilem; não dormitará aquele que te guarda...O Senhor é quem te guarda; o Senhor é a tua sombra à tua direita.” (Sl 121.1,2,4) 

"Na hora de maior desespero, espere no Senhor."                                                                      
                                                                                       

Acorda, "Crente"!

 
         A queda do homem criou um crise perpétua. Durará até que o pecado seja eliminado e Jesus Cristo reine sobre um mundo redimido e restaurado..
         Enquanto não chegar esse tempo, a Terra continuará sendo uma área em estado de calamidade e os seus habitantes viverão num estado de extraordinária emergência.
Os estadistas e os economistas em geral falam esperançosamente de "um retorno às condições normais", mas a verdade é que as condições nunca foram normais, desde quando a mulher viu"que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou-lhe do fruto e comeu, e deu também ao marido, e ele comeu".
         Não basta dizer que vivemos num estado de crise moral; é verdade, mas não é tudo. Para ilustrar, podemos dizer que a guerra é uma crise das relações internacionais, um rompimento da paz entre nações, mas isto é deixar muita coisa por dizer. Juntamente com esse rompimento vem a vastíssima destruição, a morte de incontáveis milhares de seres humanos, o desarraigamento de famílias, indescritível sofrimento mental e físico, desenfreada destruição da propriedade, fome, doença e mil e uma formas de misérias que brotam desses outros horrores e se alastram como o fogo por extensas porções da terra, afetando milhões de pessoas.
         Assim a queda do homem foi uma crise moral, mas afetou todas as partes da natureza humana - moral, intelectual, psicológica, espiritual e física. Todo o seu ser foi profundamente danificado; do seu coração o pecado transbordou para a sua vida inteira, afetando a sua relação com Deus, com os seus semelhantes, e com tudo e todos que o toquem.
          Há também firme razão bíblica para crrer que a natureza mesma, o mundo animal, a terra e até o universo astronômico - tudo sentiu o choque do pecado do homem e foi adversamente afetado por ele.
         Quando o Senhor Deus expulsou o homem do jardim situado na região oriental do Éden, e colocou ali querubins e uma espada flamejante para impedir o seu regresso, a catástrofe começou a crescer, e a história da humanidade é pouco mais que um registro do seu desenvolvimento.
         Não há muita precisão em dizer que quando os nossos primeiros pais fugiram da face de Deus, tornaram-se fugitivos e errantes na terra; e seguramente não é certo dizer que eles deixaram de ser objeto do amor e do cuidado dAquele que os criara e contra quem tinham se rebelado tão profundamente. Se eles não tivessem pecado, Deus cuidaria deles mediante a Sua presença; agora cuida deles por Sua providência, até que um povo resgatado e regenerado possa olhar outra vez para a Sua face.
         Os seres humanos estão perdidos mas não abandonados; é o que as Escrituras Sagradas ensinam e a Igreja foi comissionada para declarar. O viajante perdido em meio a uma tempestade de neve sabe que está perdido; a certeza de que um grupo de resgate está à sua procura é que impede que o seu conhecimento se transforme em desespero. Seus amigos talvez não o alcancem a tempo, mas a esperança de que o farão o capacita a continuar vivo quando a fome, o frio e o abatimento dizem que deve morrer.
         É só uma enchente ou um incêndio ferir uma região populosa, e nenhum cidadão fisicamente válido acha que tem direito de descansar enquanto não tiver feito o máximo para salvar quantos puder. Enquanto a morte rondar a casa grande da fazenda e o povoado, ninguém ousará repousar; este é o código aceito pelo qual vivemos. A emergência crítica de alguns torna-se uma emergência de todos, desde o mais alto oficial do governo até à tropa local de escoteiros. Enquanto a enchente mantém a sua fúria ou o fogo ruge, ninguém fala de "tempos normais".
         Em tempos de crises extraordinárias as medidas ordinárias não bastam. O mundo vive num tempo de crise assim. Somente os cristãos evangélicos (verdadeiros) estão em condições de resgatar os que perecem. Não nos atrevemos a sossegar e tentar viver como se as coisas fossem "normais". Nada é normal, enquanto o pecado, a concupiscência e a morte devoram o mundo, precipitando-se sobre uns e outros até ser destruída toda a população.
         Não dá para entender como é que pessoas que se dizem cristãs insistem em viver na crise como se não existisse crise. Dizem que servem a Jesus, mas dividem os seus dias de molde a deixar também bastante tempo para jogos e lazer, e para desfutar os prazeres carnais do mundo. Estão tranquilos enquanto o mundo arde em chamas; e podem dar muitas razões convincentes de sua conduta, chegando mesmo a citar a Bíblia, se os pressionamos um pouco. É tão fácil enganar e ser enganado. Mas quem pode enganar a Deus?
Acorda, "crente" !

A Fé e as Emoções


A espiritualidade não pode depender dos sentidos ou dos sentimentos.

Onde está o fundamento da nossa relação com Deus? O desânimo nos faz desistir da obra do Senhor? Adoramos apenas quando estamos alegres? Precisamos sentir um arrepio para saber que Deus está presente? 

Os sentidos físicos são fundamentais para a comunicação do homem com o mundo material. Por meio deles, o corpo transmite impressões à alma, produzindo emoções e sentimentos. Entretanto, tais faculdades físicas e psicológicas não são eficazes em relação ao mundo espiritual, tendo apenas uma participação secundária e eventual. Como disse Paulo, embora Deus não esteja longe de cada um de nós, não podemos localizá-lo por meio do tato (At.17.27). Também não somos capazes de ver o seu rosto.

É verdade que os sentidos são úteis porque através deles recebemos a palavra de Deus. “A fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.” (Rm10.17). Uma vez gerada em nós, a fé passa a ser o fator dominante na nossa relação com o Senhor. O mais importante não é o que vemos ou o que sentimos, mas o que cremos com base na palavra de Deus. Está escrito: “O justo viverá pela fé” (Hab.2.4). 

Nossa vida não pode ser conduzida exclusivamente pelos sentidos físicos, pois eles estão sujeitos ao engano. O mal está por toda parte e, muitas vezes, se apresenta com boa aparência (II Cor.11.13-14). É o lobo com pele de cordeiro (Mt.7.15). Podemos comparar essa realidade àquele episódio, quando Jacó se cobriu com a pele de um animal para se fazer passar por seu irmão Esaú. Os sentidos físicos de Isaque foram enganados, principalmente porque um deles, a visão, já não funcionava (Gn.27).

No episódio da tentação, Eva ouviu a voz do Inimigo; ficou deslumbrada ao ver o fruto proibido e acabou tocando nele e comendo-o. Seus sentidos foram atraídos e dominados pelo mal (Gn.3).

Outro exemplo pode ser observado em I Samuel 16. O profeta ficou admirado com a aparência dos irmãos de Davi e, por pouco, não ungiu a pessoa errada. 

Concluímos que os sentidos físicos podem ser iludidos, levando a alma ao engano de emoções manipuladas. Constatamos isso, por exemplo, no poder dos filmes e novelas que provocam o riso, o choro, a simpatia e a ira diante de situações irreais.

Temos a tendência de viver dependendo daquilo que sentimos ou vemos. Quando estamos diante de algo com aparência grandiosa, ficamos impressionados e isso pode afetar indevidamente nossa espiritualidade. Por isso é que as imagens de ídolos e as grandes catedrais são tão importantes em algumas religiões. Em alguns casos, as chamadas artes sacras são usadas na tentativa de se preencher o vazio de uma doutrina mentirosa. Qualquer estátua que se fabrique, tendo qualidade artística, será facilmente aceita como objeto de culto, ainda que não represente uma pessoa real. Os discursos eloqüentes também podem exercer uma influência muito forte, mesmo que a sua mensagem seja uma heresia. A visão e a audição despertam nossas emoções e isso pode ser confundido com experiência espiritual.

A fé na palavra de Deus é a base sólida de uma espiritualidade sadia. 

Fé não é sentimento. É certeza, convicção. Por meio da dela, nosso espírito tem acesso a Deus e ao mundo espiritual.

Observemos a firmeza da fé nas palavras do apóstolo: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus...” (Rm.8.28). Paulo não disse: sentimos ou vemos, mas sabemos. É algo claro, concreto e inabalável. Se Deus disse algo, nós sabemos que isso é realidade. Não dependemos de sentir ou ver alguma coisa.

Quando Jó estava mergulhado em sua tribulação, ele disse: “Eu sei que o meu Redentor vive e que por fim se levantará sobre a terra” (Jó 19.25). Se Jó fosse depender de seus sentidos e sentimentos, estaria perdido.

Jesus disse: “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (Mt.18.20). Sua palavra é o que nos basta. Se sentimos a sua presença, ele está entre nós. Se não sentimos, ele está também. Devemos crer porque ele prometeu. Como disse Paulo: “Andamos por fé e não por vista” (II Cor.5.7). Esse é um dos aspectos do “andar no espírito”, outra expressão paulina (Gál.5.16). 

Mesmo que a realidade exterior tente me convencer do contrário, eu devo permanecer firme pela fé. As circunstâncias podem ser adversas, mas a palavra de Deus permanece imutável. Se estivermos firmados nela, também seremos inabaláveis.

Outras palavras chegarão aos nossos ouvidos. Nossos sentidos serão assediados por muitas influências, mas nossa vida espiritual deverá estar fundamentada na fé que depositamos sobre a palavra de Deus. 

Emoções controladas pelo espírito.

Com tudo isso, não estamos desvalorizando as emoções humanas, mas apenas colocando-as nos seus devidos lugares. Vivendo pela fé, o Espírito Santo age em nosso espírito, que muitas vezes alcança nossa alma produzindo emoções. Um dos aspectos do fruto do espírito é a alegria (Gal.5.22). Esta não depende de estímulos externos, mas vem de dentro para fora, até mesmo em meio às tribulações.

Os sentimentos não podem ser ignorados, mas não podemos ser controlados por eles. Assim como os sentidos físicos, as emoções são importantes na experiência espiritual, mas não são determinantes. Quem vive movido por sentimentos será uma pessoa instável e sempre desconfiada em relação às coisas de Deus.

Nossa filiação divina, o perdão dos nossos pecados, a certeza de vida eterna e a posse dos nossos direitos espirituais não dependem daquilo que sentimos, mas da palavra de Deus, que é fiel e não pode mentir. Devemos encarar tudo isso como fatos espirituais consumados.

Nosso compromisso e fidelidade ao Senhor também não podem depender de sentimentos. Não seremos movidos pelo entusiasmo nem detidos pelo desânimo. Estamos determinados a continuar nosso trabalho até o fim. Emoções negativas podem ser ameaçadoras, mas iremos apresentá-las ao Senhor em oração para que ele as controle pelo seu Espírito.

Vivendo pela fé seremos firmes. “Os que confiam no Senhor são como os montes de Sião, que não se abalam, mas permanecem para sempre” (Salmo 125.1). 

Nenhum comentário:

Postar um comentário