sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Refretir

88 - A Pérola de Grande Preço                                  

O reino dos Céus é também semelhante a um que negocia e procura boas pérolas; e tendo achado uma pérola de grande valor, vendeu tudo o que possuía, e a comprou. S. Mat. 13:45 e 46.

Algum tempo atrás, nas Filipinas, ocorreu a morte trágica de um jovem pescador de pérolas em uma das ilhas do Sul. O jovem filipino tinha apenas 18 anos de idade. Ele havia mergulhado no mar e, de alguma forma, uma ostra gigante fechou a concha sobre um dos pés do rapaz, que ali ficou preso até afogar-se. Quando o corpo dele e a ostra foram levados para a superfície, descobriu-se dentro da concha a maior pérola já encontrada. Indubitavelmente, foi vendida por um preço fabuloso, mas o seu preço deve ter sido calculado em mais do que dinheiro. Custou a vida de um jovem!

A pérola de grande valor em nosso texto representa a Cristo e Seu reino. A fim de adquiri-la, devemos entregar a própria vida. Jesus expôs essa verdade assim: "Se você se agarra à sua vida, você a perderá; mas se a desprezar por Mim, você a salvará." S. Mat. 10:39, A Bíblia Viva. Isso parece contraditório, mas na verdade não é. Jesus estava usando "vida" em dois sentidos: (1) Esta vida terrena, com seus prazeres, relacionamentos sociais e recompensas; e (2) a vida de felicidade por vir, que não terá fim.

Em outra ocasião, Jesus declarou: "E todo aquele que deixar o lar, irmãos, irmãs, o pai, a mãe, a esposa, os filhos, ou propriedades, para Me seguir, receberá cem vezes mais, e terá a vida eterna." S. Mat. 19:29, A Bíblia Viva. Marcos, em seu evangelho, ensina que mesmo nesta vida há vantagens em renunciar a prazeres, relações sociais e recompensas do mundo por amor a Cristo e Seu reino - paz de espírito e novos e melhores amigos, por exemplo. Mas a maior recompensa será viver com Jesus para sempre (ver S. Mar. 10:28 e 29).

Esteja disposto a renunciar a tudo, até a esta vida terrena se necessário for, em troca da Pérola de Grande Preço. Vale a pena!
De Volta Para o Futuro

Uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. Filip. 3:13 e 14.


Os ideogramas chineses sempre me fascinaram. Enquanto estive preso no campo de concentração, o Dr. William Mather, um erudito que havia passado muitos anos como missionário na China, fez uma palestra a respeito. Declarou que a maneira como os antigos chineses usavam os caracteres yin e yang - as duas forças opostas - indica que eles estavam a par da eletricidade positiva e negativa, muito tempo antes de o Ocidente "descobrir" esse fenômeno. Também disse que os caracteres para significar "perigoso" e "oportunidade", quando usados juntos, significavam "crise". Em outras palavras, uma crise é uma "oportunidade perigosa". Um pensamento desafiador!

Para mim, entretanto, um dos mais fascinantes conceitos do povo chinês é de como eles concebem o futuro. Eles se vêem caminhando para o futuro de costas e olhando para o passado. Isso nos pode parecer estranho, mas faz muito sentido. O passado permanece no campo da visão. Podemos "vê-lo" mentalmente. Mas o futuro está oculto de nossa vista, como se na verdade estivesse atrás de nossas costas.

A idéia ocidental de futuro é diametralmente oposta daquela dos chineses. Falamos de "enfrentar" o futuro. Criado no mundo greco-romano, Paulo tinha obviamente o conceito ocidental de futuro quando falou em avançar para as coisas que diante dele estavam.
Mas talvez haja um ponto em que Oriente e Ocidente se encontram. Num discurso proferido em 1986, o Presidente Ronald Reagan usou a expressão "Voltar para o futuro". Com isso ele quis dizer que já nos demoramos muito no passado. É tempo de considerar as desconhecidas "oportunidades perigosas" diante de nós.

A cortina do tempo desce sobre mais um ano. Deus nos trouxe de novo para a terra do reinício. Seja o que for que o futuro nos reserve, que o nosso estudo de Sua Palavra no ano vindouro nos ajude a conhecê-Lo ainda melhor.

Prossiga em conhecer ao Senhor, adquirindo aquele conhecimento que significa vida eterna!
O Maior Evento de Todos os Tempos
Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou Seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos. Gál. 4:4 e 5.
Nunca poderemos ter certeza quanto à data do nascimento de Jesus. O fato de que na Palestina é bem frio no final de dezembro, especialmente à noite, e de que os "pastores... viviam nos campos e guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite" (S. Luc. 2:8), sugere que foi numa estação mais quente do ano. Entretanto, como observa uma escritora cristã: "Embora não saibamos o dia exato do nascimento de Jesus, honramos o sagrado evento." - Ellen G. White, Review and Herald, 17 de dezembro de 1889.

O verdadeiro espírito do Natal pede entrada no mais profundo santuário da alma e aguarda nosso convite para que entre. O espírito do Natal pode estar ao nosso redor, mas também podemos isolar-nos da cálida corrente de amor que celebra o evento.

O espírito da natividade veio naquele primeiro dia de Natal somente para os que estavam preparados para receber o Redentor do mundo. Embora os sacerdotes de Jerusalém professassem estar aguardando o Messias, foi para os expectantes pastores dos campos de Belém que os anjos anunciaram o nascimento do Salvador.

O pretensioso palácio de Herodes ficava ali perto, mas foi numa humilde manjedoura que o santo Bebê nasceu de uma jovem mãe - "porque não havia lugar para eles na hospedaria". S. Luc. 2:7. Havia muitos grandes e sábios homens segundo o mundo em Roma, no Ocidente, mas foi para homens sábios do Oriente, cujo coração procurava Aquele que nasceria Rei dos judeus, que a estrela apareceu.

A Encarnação é a maior lição objetiva sobre o amor que a mente de sabedoria infinita poderia conceber. Ao dar-nos o Seu Filho unigênito, Deus deu à humanidade todos os tesouros do Universo enfaixados numa trouxinha de vida. Embora o nascimento de nosso Senhor há quase dois mil anos tenha sido o maior evento de todos os tempos, a sua essência, o seu significado e espírito estarão perdidos se Cristo não nascer em nós.
Um Tomado, Outro Deixado
Então dois estarão no campo, um será tomado, e deixado o outro; duas estarão trabalhando num moinho, uma será tomada, e deixada a outra. Portanto, vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor. S. Mat. 24:40-42.
Na noite de 14 para 15 de abril de 1912, o navio da companhia White Star, SS Titanic, com mais de 2.000 passageiros a bordo, atingiu um "iceberg" e afundou, causando a perda de 1.517 vidas. Quando a notícia do naufrágio chegou à Inglaterra, a cena fora do escritório da companhia foi indescritível. Familiares dos passageiros do malfadado transatlântico congestionaram a rua na frente da entrada principal, e o trânsito parou.

Em ambos os lados da entrada, foram pendurados dois grandes cartazes. Acima de um deles, em enormes letras maiúsculas, estava impresso: RESGATE CONFIRMADO. Acima do outro, com letras igualmente grandes: MORTE CONFIRMADA. De tempos em tempos, vinha um funcionário da companhia trazendo uma faixa de cartolina com o nome de mais um dos passageiros.

Um silêncio mortal abateu-se sobre a multidão enquanto observava, com as emoções à flor da pele, para ver sob qual cartaz seria colocado o nome. Seria afixado entre os salvos ou entre os perdidos? No final, o nome de cada passageiro estaria num grupo ou no outro - ou salvo, ou perdido!

No caso do Titanic, é possível que muitos que foram alistados como "perdidos" estejam finalmente salvos no reino de Deus, e muitos que apareceram na lista dos resgatados com vida, se percam; não é a primeira morte que necessariamente determina o destino final de uma pessoa (ver Heb. 9:27). É o juízo que faz essa classificação, e essa classificação é eterna - irrevogável! Não haverá segunda oportunidade. Este é um solene pensamento.

Sendo esse o caso, "que vidas santas e piedosas nós devemos viver!" II S. Ped. 3:11 (A Bíblia Viva). Hoje é o "dia da salvação", o "tempo da oportunidade". II Cor. 6:2. Amanhã poderá ser tarde demais.
Visitantes Reais

Eis que estou à porta, e bato; se alguém ouvir a Minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele e ele comigo. Apoc. 3:20.
Num dia do início do século vinte, ao entardecer, Eduardo VII da Inglaterra estava caminhando no campo com a rainha, quando ela torceu o pé e machucou seriamente o tornozelo. Sentindo muita dor, ela ficou mancando com bastante dificuldade, apoiada no ombro do esposo. Já estava escuro quando chegaram a uma cabana e o rei bateu à porta.

- Quem é? - perguntou uma voz de homem lá de dentro.

- Eduardo, seu rei - respondeu o monarca.

- Pare com essa besteira! - gritou o zangado morador, acrescentando:

- Vá embora!

O rei continuou batendo. Finalmente o homem exigiu:

- Quem está aí e o que deseja?

- Repito: sou Eduardo, o rei. Por favor, deixe-me entrar!

- Vou ensiná-lo a não atormentar um homem que está querendo
dormir! - rugiu o morador, levantando-se da cama.

Abrindo bruscamente a porta, descobriu, para seu grande embaraço, que era mesmo o rei. Desculpando-se profusamente, convidou o casal real a entrar e providenciou ajuda imediata.

Anos mais tarde, ao relatar o incidente, o homem observou: "E pensar que quase o mandei embora sem abrir a porta!"

Há dois mil anos, os pais de outro Rei bateram à porta de uma hospedaria e pediram acomodação. Quando o albergueiro foi atendê-los, viu que a senhora estava na fase final da gravidez. Pelo menos, poderia ter oferecido a eles o seu próprio quarto, naquela emergência. Em vez disso, ofereceu-lhes o estábulo, e lá Jesus nasceu.

Hoje, neste exato momento, o Rei que um dia foi bebê em Belém, e que agora é seu Amigo celestial, está junto à porta de seu coração, batendo. Pede entrada. Anseia entrar e conviver com você, do mesmo modo como deseja que você comungue com Ele e aprenda a conhecê-Lo melhor.

"Eis que estou à porta, e bato" - diz o Rei de amor. Alguém teria coragem de mandá-Lo
embora?                                                       
                                                                             
A Letra Mata!                                                    
   Recebi este estudo em meu e-mail e me solicitaram que eu tecesse alguns comentários. Creio que publicar este estudo e os meus comentários posteriores será edificante, pois mostra claramente como o literalismo bíblico pode nos levar a conclusões que vão contra a vontade de Deus. E como o intelectualismo sem a inspiração do Espírito pode nos inchar.
Os erros do autor do artigo podem ocorrer com cada um de nós, pois quando nos rendemos aos nossos quereres passamos a ter como deus o nosso ventre e distorcemos o evangelho e a Palavra, para que diga aquilo que faça cócegas aos nossos ouvidos.
Todos nós precisamos ter cuidado com essas armadilhas.
Que a leitura lhe seja abençoadora.
Abaixo, o artigo:

Se é pecado a poligamia... por que Deus não revelou isso aos seus servos do passado e não os condenou?
 MONOGAMIA - E – POLIGAMIA
Nesse assunto, vemos no mínimo o silêncio bíblico e, portanto o do próprio Deus, no sentido de ordens, determinações, ou mesmo proibições, em relação à BIGAMIA ou POLIGAMIA, que se tornaram um “bicho papão” para as diversas denominações religiosas,  influenciando o poder público no sentido de criar leis que estabeleçam a MONOGAMIA, como o único caminho correto. Pelo contrário, temos poucos países no mundo moderno, que reconhecem e oficializam mais de um casamento para o homem.
Contrário a essa tendência hodierna, vemos na Bíblia, a normatização quando um homem tivesse mais de uma esposa;
A)    – “Se lhe tomar outra, não diminuirá o mantimento, o vestido e a obrigação marital”  (que pode ser entendido como: Sexual).........Êxodo 21:7 a 10;
B)     – “Quando o homem tiver duas mulheres, uma a quem ama e outra a quem despreza e o primogênito for da desprezada, ... ao filho da desprezada reconhecerá por primogênito”...................................................     Deuteronômio 21:15 a 17
(Veja que aqui regulamente o direito do primogênito, mas não proíbe 2 mulheres).
Analisemos vários exemplos de homens que tiveram mais de uma esposa, todos registrados na Bíblia;
1 – ABRAÃO: Teve Sara e Agar, e também concubinas.......Gên. 16 e 25:6
Se Deus conversava com Abraão, porque nunca o corrigiu nisso?
2 – JACÓ/ISRAEL: Casa com Lea, depois com Raquel, e toma suas servas como concubinas (Gênesis 35:22) e Deus continuou se comunicando com ele, conforme lemos em Gênesis 31:3, 32:1 e 46:3 e 4.
Se Deus se comunicava direto com Jacó, porque nunca o repreendeu pela POLIGAMIA?
3 – Moises casou com outra (Além de Zípora com quem tinha dois filhos, conforme Êxodo 2:21 e 22), com a mulher cusita, conforme Números 12.
Se Deus falava com Moises cara a cara, conforme o capítulo 12 de Números, porque no incidente da rebelião de Arão e Mirian, não repreendeu Moisés, mas só seus irmãos que o estavam criticando?
4 - Salomão: Este foi sem dúvida alguma, o campeão em número de mulheres entre esposas e concubinas, que totalizavam 1.000. Seu erro foi o número de mulheres?
Respondemos: Conforme os relatos em I Reis 11:1 a 13, e II Reis 23:13,  vemos que seu pecado pelo qual foi advertido por Deus, foi a “IDOLATRIA” e não a poligamia.
5 – Davi, pai de Salomão, rei de Israel – o “HOMEM SEGUNDO O CORAÇÃO de DEUS”, quando reinou em hebrom, tinha seis (6) esposas, conforme encontramos em II Samuel 3:14, mais Mical, filha de Saul, e quando mudou seu governo para Jerusalém, teve mais mulheres e concubinas,  conforme    os relatos encontrados, em II Samuel 5:13 e II Samuel 11, mais   Bate Seba,  a mulher de Urias.
Perguntamos: A advertência que ele recebeu de Deus através   do   profeta Natã foi pela poligamia?
Respondemos: NÂO. – Foi advertido pelo adultério com Bate-Seba e o assassinato de Urias, marido dela.
**    Podemos ser argüido então: Mas a partir da segunda esposa ele já não estava vivendo em ADULTÉRIO ? Então O QUE É ADULTÉRIO? Não é manter relações sexuais com uma mulher com a qual não é casado, ou com outra mulher além da esposa ?  
Respondemos: A Bíblia nos responde, com Levítico 20:10, e Jeremias 29:23.
CONCLUSÃO: Adultério para o Homem é manter relações com mulher de outro homem (casada, portanto); Adultério para a mulher, é quando é casada, e se relaciona com outro homem (além de seu marido).
A) – Porque Deus incluiu o mandamento “Não terás mais de uma esposas?
B) – Porque Deus não advertiu; Abraão, Jacó, Moisés, Davi, Salomão, Gideão, e outros, que eram bígamos ou polígamos, com os quais Ele se comunicava diretamente ou por profetas?
OBS. 3 – Porque o ponto alto em todo o Velho Testamento, foi o de advertência quanto à IDOLATRIA, e não a Poligamia?
SUPER OBSERVAÇÃO: Porque Paulo estabelece a MONOGAMIA, como condições para os líderes religiosos (bispos e diáconos)?
RESPOSTA: Sem sombra de dúvida, era porque os membros praticavam... Caso fosse como é hoje, nem seriam aceitos como membros...
Que Deus sempre nos ilumine e guarde, até à volta de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo em glória.
Irmão '@@@@'

Resposta:
O tal artigo é eivado de equívocos. Centrado na Torah, nas leis e costumes judaicos e não nos princípios bíblicos. É equivocado em seu entendimento de que se não está explícito na Torah, então não é pecado. Ora, se assim o for, a pedofilia não é pecado e o consumo de drogas pesadas não é pecado. Deste modo também, a mulher pode cobiçar o marido da próxima, pois na Torah a proibição de cobiça sexual é restrita aos homens.
O autor questiona porque os polígamos como Abraão, Jacó, Davi e Salomão, entre outros, não foram censurados por Deus e faz do silêncio sinônimo de aprovação. Na sua ânsia por exemplos cita até Moisés como bígamo, coisa que jamais ficou clara no texto bíblico, a mulher cusita pode ter sido tomada depois do falecimento de Zípora.
O fato do silêncio bíblico jamais significou aprovação de Deus. Se assim o fosse o repúdio à esposa teria aprovação de Deus, pois está regulamentado na Torah. A escravidão não seria pecado, pois também está prescrita na Torah e nem Jesus, nem os escritos de Paulo a condenam diretamente.
Ora, tal coisa é absurda e totalmente destituída do espírito do evangelho. Se o autor do estudo deseja seguir a Torah e regrar sua vida por ela, deveria circuncidar-se e tornar-se judeu!
O cristão deve se guiar por Cristo, onde não há leis e sim princípios, ética e amor ao próximo.
Deste modo, é cristão um homem possuir mais de uma mulher? É digno para um homem que se diz cristão ter mulheres como quem coleciona objetos?
Qual é o princípio bíblico?
Deus fez Adão e quantas “Evas”?
Se o ideal bíblico fosse a poligamia, costelas era o que não faltariam!
“Portanto, deixará o homem pai e mãe e unir-se-á a sua mulher e serão uma só carne”. Unir-se-á à sua mulher, apenas uma, não é unir-se-á “às suas mulheres e serão uma só carne em grupo de três, quatro, cinco”. No evangelho segundo Mateus 19:5-6, Jesus deixa isto claro, “já não são mais dois, mas uma só carne”. Dois, não três ou quatro, formando uma só carne.
Ele continua seu festival de equívocos quando pega os escritos de Paulo a Timóteo (I Timóteo 3:1-7) para fazer ilações falaciosas. Segundo o autor do artigo, Paulo estabelece a monogamia como condição para os líderes religiosos porque os membros da igreja praticavam a poligamia, insinuando com isso que a poligamia não era censurada na igreja primitiva.
Ora, isto é uma falácia!
Primeiro porque se a poligamia fosse praticada sem censura, porque limitar a liderança apenas aos monogâmicos? O que o polígamos têm que os desqualifique ao ministério, senão o ato não cristão de possuir mais de uma esposa?
Segundo. Se o fato de Paulo recomendar que o líder seja monogâmico mostra que a poligamia era praticada sem culpa pela igreja primitiva, então, podemos afirmar também que a desonestidade, a cobiça, o espancamento, a avareza, entre outros, eram praticados pela igreja primitiva sem culpa, pois Paulo recomenda também que os líderes sejam honestos, não cobiçosos, não espancadores e não avarentos. É só ler o texto.
Como se não bastasse os argumentos acima para desqualificar este estudo, ainda temos a questão ética e o amor ao próximo.
Quanto à ética cristã, questionamos que dignidade humana uma mulher que divide seu homem com quantas ele desejar, enquanto ela tem de ser somente dele, pode ter?
Que princípio de justiça é este?
Se Deus não faz acepção de pessoas, que tipo de distinção é essa em que um se anula e o outro pode dar vazão aos seus instintos livremente?
Amar o próximo é fazer com ele o que você gostaria que fizessem com você. E algum homem gostaria que sua esposa pudesse ter quantos homens quisesse na cama, enquanto ele só pudesse ter a ela?
Não há como entender isto como sendo cristão. Aliás, de cristão este estudo só tem as citações bíblicas, mais nada. Todas as suas conclusões são equivocadas e mostram mais do caráter de quem o escreveu do que da Palavra de Deus que ele presume compreender.
Fico extremamente triste quando vejo cristão que esquecem que o nosso foco é Cristo e se prendem à letra que mata. Não podemos esquecer que a chave para todo entendimento da Palavra é Jesus, Ele é o centro da nossa fé. Se não apontar para Jesus, se não testificar Dele, qualquer estudo sobre a Bíblia torna-se apenas mais um tratado religioso destituído de graça e de verdade. Pois só com Jesus vieram a Graça e a Verdade (Jo 1:17).
Como sempre digo a Bíblia é Palavra de Deus, mas também espelho do homem. Assim como sou, assim interpretarei a Bíblia. Quando esta distorção se respalda em capacidade intelectual e a simpatia pelo pecado, aí a coisa pode tomar contornos melancólicos, como é o caso deste estudo.
Que o Senhor tenha misericórdia de nós.                                                                          
                                                                                                                                          
REFLEXÕES : Sonhos                                         
  É possível afirmar com plena convicção que não há sequer um ser humano que viva sobre a face da Terra sem cultivar algum sonho em seu coração. Esta é uma afirmação irrefutável: Todos nós temos sonhos! Claro, há diferentes dimensões e maneiras para se classificar sonhos, mas isso não muda o fato de que os temos e sempre os teremos. Há quem tenha sonhos grandiosos, quase devaneios, outros têm sonhos mais simplórios, e há, até mesmo, aqueles que supostamente já desistiram de sonhar. O tamanho dos sonhos que podemos gerar em nosso coração está intimamente ligado às percepções de mundo a que fomos submetidos durante o período de formação da nossa personalidade.
Quero, na verdade, falar sobre sonhos no sentido de projetos de vida, anseios de alma que nutrimos, muitas vezes, por toda nossa existência consciente, mas que, quem sabe, ainda não tenhamos alcançado. Durante a nossa jornada neste mundo é inevitável pensarmos, muitas vezes, que talvez jamais consigamos alcançar nossos sonhos. Quando nos sobrevêm estes pensamentos, é comum refletirmos sobre a viabilidade daquilo que traçamos como ideal de vida e, não raro, abandonamos nossos projetos por julgá-los grandes demais pra nós, assim como fazemos com a vaga na fila do caixa que demora mais do que nossa paciência nos permite perseverar.
Segundo a psicologia moderna, os primeiros anos de vida de uma pessoa são decisivos para a gênese de sua futura personalidade. Quando ainda éramos bem pequenos, mesmo que não tivéssemos ciência disto, éramos como pequenas esponjinhas absorvendo e armazenando todas as informações que recebíamos do mundo externo para, mais tarde, novamente externarmos tudo aquilo que formou em nós uma maneira de ver e lidar com o mundo e, claro, de lidar com o mundo que não vemos. Só parafraseando, é exatamente por isso que ouvimos tantas pessoas afirmar que não crêem na existência de Deus, mesmo não possuindo nenhum argumento que defenda sua tese, pois, possivelmente, elas foram submetidas ao ceticismo por seus educadores quando sua personalidade ainda estava em formação.
A verdade é que Deus só pode fazer grandes planos se eles envolverem pessoas que tenham estrutura para sonhar grandes sonhos, mas isso não é fácil de encontrar. Ele escolheu a nós, criação Sua, para sermos a executiva de Seus planos aqui neste mundo físico. Como diz a Bíblia, é impossível uma videira dar figos ou uma figueira dar olivas, por isso também é impossível alguém que não tem grandes perspectivas de vida alcançar grandes posições na vida. É esta condição interior do ser humano que define o campo de ação de Deus em sua vida.
Para entendermos a magnitude dessa realidade aos olhos de Deus e à luz da Bíblia, usaremos um dos maiores exemplos históricos do que é ser alguém que não viu e não impôs limites para o sonhar de Deus na vida do homem. Este alguém é José, filho Jacó.
O versículo 3 do capítulo 37 do livro de Gênesis, nos mostra de onde veio o fundamento, a base sólida do caráter visionário de José: “E Jacó amava a José mais do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice”. A Palavra de Deus mostra que José foi concebido e criado com muito amor. O amor e a aceitação dos pais são o alicerce para a construção de uma auto-imanem sadia. Portanto, este versículo 3 é a prova de que a psicologia moderna é correta ao afirmar que o caráter e a visão de mundo de um indivíduo são determinados por seus tutores, ainda nos primeiros anos de vida.
A base de amor incondicional e fé dada a José por seus pais, permitiu a Deus sonhar grandes sonhos em sua vida, desde que ele era um garoto. A Bíblia nos conta em Gênesis 37:5 que, quando ainda era muito jovem, certa noite José teve um sonho. Ao acordar, perplexo e ignorante sobre seu significado, cometeu o primeiro erro que jamais devemos cometer com nossos sonhos: contou para toda a sua família o que tinha sonhado. A Bíblia relata em Gênesis 37:8 que seus irmãos, que já nutriam certo desafeto por ele ser o predileto de seu pai (37:4), foram tomados pela inveja e insegurança que o significado daquele sonho pudesse representar. Este é o erro mais básico e imaturo que jamais devemos cometer! Se quisermos trazer nossos sonhos à realidade algum dia, temos que aprender este primeiro princípio: Devemos guardá-los SEMPRE só para nós mesmos.
José não sabia deste importante princípio por talvez não ter tido ninguém que o ensinasse, ou nenhum caso precedente que o admoestasse a respeito. Fato é que nós, hoje, temos este ensinamento com a vida do próprio José, que pagou um altíssimo preço por causa deste erro capital. Como se não bastasse, José persistiu nesse erro.
O garoto sonhador (como era chamado por seus irmãos) teve então um segundo sonho, relatado em Gênesis 37:9-11. Mesmo que José não entendesse o significado, Deus já mostrava que tinha algo grandioso escrito para sua vida. Ele podia não entender, mas certamente sentia que aqueles não eram sonhos convencionais e sem importância como os tantos outros que já havia tido. Justamente por isso, em sua lúdica inocência foi procurar esclarecimento com aqueles que, supostamente, o amavam: seus próprios irmãos. O resultado de seu inocente ato? Ser lançado em uma cova e ser vendido como escravo por seus próprios irmãos! Aqui aprendemos nosso importante segundo princípio: Muitas vezes nossos maiores inimigos estão dentro da nossa própria casa!
Quantas vezes somos surpreendidos por aquele parente que tanto estimamos falando mal por nossas costas? Ou aquele colega de trabalho que achávamos uma pessoa super bacana, fazendo intriga com nosso chefe pra tentar tomar nosso lugar? Ou pior, mas infelizmente mais ainda comum, aquele irmãozinho “benção” da igreja que tenta malignamente nos difamar só pra sermos afastados do ministério e, então, ele tenha o caminho livre pra ser “consagrado” em nosso lugar?
Em todos os casos citados acima vemos os irmãos de José que podemos ter em nossa vida. Justamente por isso, somos obrigados a não esquecer jamais este segundo princípio, pois na maioria das vezes não temos como saber quem, dos que estão a nossa volta, é Ruben e quem é Judá.
Entre os capítulo 37 e 40 de Gênesis vemos que a história da vida de José foi de profundo sofrimento e injustiça, mas não de amargura e desilusão. Vemos um jovem traído, humilhado, vilipendiado, injustiçado e difamado, mas jamais vimos um José amargurado, violento, maldizente e desiludido. Deus tinha grandíssimos sonhos com a vida daquele rapaz e que, por sua vez, não deixara de crer e sonhar que sua sorte iria mudar mesmo, passando por tudo o que passou. Aqui aprendemos nosso, não menos importante, terceiro e último princípio: Quem tiver grandes sonhos para realizar, se prepare para enfrentar grandes batalhas sem retroceder!
De onde vinha a força de José para continuar lutando? Como ele conseguia não murmurar diante de toda a sua desgraça? Em que esse jovem se agarrava pra não perder a fé de que Deus ainda olhava por ele? Quantos de nós suportaríamos um décimo do que suportou José sem sequer abrir a boca pra questionar a Deus o porquê de tudo aquilo? A diferença entre a vida José e a de muitos de nós é, justamente, a semente que foi plantada durante a constituição de seu caráter ou de sua fé, aquilo que tiver ocorrido primeiro.
A vida deste homem é realmente intrigante. Ainda muito jovem, foi lançado fora como um saco de roupas velhas que sua própria parentela não queria mais. Foi vendido como escravo a um povo e uma terra muito distantes da sua. Por ter aprendido a não abrir mão de seus sonhos, agiu como um nobre, sofrendo injustiças sem ousar defender-se a si mesmo. De um momento a outro, sem sequer imaginar, foi elevado ao trono, ao segundo posto mais alto da nação onde servia como escravo!
O Senhor Jesus nos disse que para entrarmos no Reino dos Céus deveríamos ser como crianças. Sabe o que Ele quis dizer com isso? Crianças têm a faculdade de aprender o que queira a vontade de seu educador. Crianças não sabem o que é desilusão. Crianças desconhecem limites para sonhar. Crianças têm fé e não duvidam que coisa alguma seja possível.
Você tem algum grande sonho em sua vida e acha impossível alcançar? Lembre-se sempre de José! Caso ache um exemplo muito remoto mudemos, então, José por nosso atual presidente, Luis Inácio Lula da Silva: de um simples operário assalariado, oriundo de uma família muito humilde, a presidente da República, o posto mais importante de uma nação presidencialista. Claro que isso não aconteceu da noite para o dia, tampouco aconteceu sem sangue, suor e, por que não, muitas lágrimas, mas este é o preço a ser pago por quem almeja grandes coisas, tanto na vida secular, quanto na vida com Deus. Eu tenho certeza que ele jamais deixou de acreditar em seus sonhos, mesmo quando teve um de seus dedos amputados por um acidente de trabalho.
Alguém ou alguma situação em sua vida conseguiu amputar os seus sonhos? Torne-se como criança outra vez e volte a acreditar que é TUDO é possível, como o próprio Senhor Jesus disse: “Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê.” (Marcos 9:23).
Que a Paz e os Sonhos de Deus sejam reais sobre nossas vidas                                            
                                                                                                                                               

REFLEXÕES : Aos Pés do Farol                    
       Paz e bem,


Fui buscar meu filho no hospital. Ele teve uma reação alérgica e os médicos acharam por bem mantê-lo em observação. Enquanto aguardava, resolvi dar uma volta para refletir. Fui até o Farol da Barra, um dos cartões postais aqui de Salvador. É uma belíssima construção que data do século XVII, mais precisamente 1627, visava defender a cidade do ataque de piratas, muito comum àquela época. De lá do farol se observa o mais belo pôr-do-sol de Salvador, no verão, baianos e turistas se reúnem ao final da tarde para apreciar este espetáculo da natureza.
Bem, como eu estava dizendo, eu fui ao farol dar uma volta; desci a escarpa que o circunda e fiquei junto ao mar, apreciando o espetáculo das ondas batendo nas pedras aos pés do farol. Eu sou muito tocado pela visão do mar. Em momentos de luta interior, quando tenho necessidade de estar só com Deus, tenho o hábito de pegar o carro e ir circundando as praias de Salvador. São cerca de vinte quilômetros à beira mar ao final dos quais invariavelmente encontro-me renovado pelo Espírito. São momentos preciosos de intimidade com o meu Senhor.
Ali aos pés do farol, vendo as ondas batendo contra as pedras me dei conta que antes de eu e você existirmos, de o farol ter sido construído; antes do primeiro habitante humano desta terra, talvez até mesmo antes de o Senhor soprar do fôlego da vida nas narinas de Adão, essas ondas já se chocavam contra as pedras. E mesmo depois que nós nos formos, estas ondas continuarão seguindo este ritual de arremessarem-se contra as rochas
Refletir sobre isto me dá um pouco da dimensão de como nossa vida é como uma nuvem que se esvai e que este período que passamos de angústias, lutas, dores, decepções, tristezas, alegrias e vitórias é um átimo diante da eternidade que nos espera.
Nós nos angustiamos, sofremos, guardamos rancor, ressentimentos, por tantas coisas que se formos ver bem, não valem o desgaste, pois a vida nesta terra é apenas uma neblina que se dissipa, um sopro frente à eternidade, e é nesta eternidade que iremos estar diante Dele.
Ao final de tudo o que fará diferença em minha existência nesta caminhada neste mundo que perece é saber onde depositei a minha confiança, meu amor e meus caminhos. O quanto me deixei levar por este amor de Deus em Cristo e me permiti amar, perdoar e servir ao meu irmão de caminhada.
A Palavra diz que você foi eleito antes da fundação do mundo, ou seja, mesmo antes de essas águas começarem a se chocar nestas pedras o Senhor já te amava, e mesmo depois do dia em que elas pararem o Senhor continuará a te amar. E é em Jesus que este amor se torna concreto, é na cruz que este amor ganha a eternidade.
Esta misericórdia de Deus nos acompanha onde quer que nós estejamos, e por mais que a vida nos maltrate, Ele estará conosco, ainda mais constante do que as águas que batem nas pedras aos pés do farol.
Entregue seus caminho ao Senhor, confie Nele e o mais Ele fará” (Sl 37:5)                                         
                                                                                                                                                                     
REFLEXÕES : Minha Única Esperança                         
 Se tivéssemos plena consciência do nível de santidade que Jesus exige, veríamos que é impossível alguém se salvar através de obras de justiça. Se tivéssemos coragem de encarar os mandamentos de Jesus em suas conseqüências mais profundas, veríamos que não há outra saída a não ser nos refugiar debaixo da cruz. Se a salvação for conquistada apenas pela obediência aos mandamentos santos todos nós estamos irremediavelmente condenados.
Jesus ensina que devemos amar até mesmo nossos inimigos; que devemos dar a outra face quando somos esbofeteados; prega que devemos abrir mão de nossos confortos e levar uma vida modesta para que o que sobrar distribuamos com os pobres. Fala que o ódio é homicídio e um olhar mais insinuante já é adultério. Ele ensina que divórcio só tem um motivo, a dureza de nossos corações, o que nos leva a ver que para o crente perdão e reconciliação sempre será o único caminho que agrada a Deus, mesmo quando acontece a maior das ofensas. Se não perdoarmos aqueles que nos agridem, tampouco seremos dignos do perdão do Pai.
Para Jesus perdão não é este que cobra preço e que nos coloca sempre com um pé atrás em relação ao outro. Ele fala de perdão mesmo, perdão igual ao de Deus que se doa por inteiro, mesmo após todas as ofensas que diariamente fazemos contra Ele e contra Sua santidade.
Você conhece alguém que viva isso? Veja bem, não estou falando de quem tenta, estou falando de quem efetivamente vive estas verdades. E isto é apenas uma amostra! Pois mesmo que alguém cumpra qualquer mandamento, se o fizer por sentimento de obrigação, de constrangimento, de barganha, de autopromoção, de medo, ou qualquer outra motivação que não seja o amor, de nada vale, pois qualquer mandamento se não tiver amor nada serve.
Mas acontece que somos tendenciosos à justiça própria. Como não podemos alcançar este padrão de santidade determinado por Cristo, tentamos abrandar a dureza do seu discurso. Para satisfazer os nossos anseios de ser, de alguma forma, dignos da salvação ou da atenção especial de Deus, nós nos satisfazemos em caminhar na periferia dos mandamentos. Por isso consideramos que quem foi ofendido e não guarda ódio ou amargura no coração já pode dizer que perdoou; se ajudarmos algumas pessoas já podemos colocar na conta de nosso amor ao próximo; vamos à igreja aos domingos e chamamos isto de fidelidade; se somos dízimimista já podemos considerar como consagração... Andamos em conformidade com o que achamos possível ou desejoso para nós e chamamos isto de santificação e, à semelhança de Adã e Eva, tentamos esconder com as folhas de figueira da nossa santidade rasa a vergonha da nossa nudez ante o Senhor
Assim vamos enganando a nós mesmos, crendo que nossa “santidade” acomodada e burguesa, fortemente calcada nas questões sexuais é o que nos recomenda perante o Deus Santo. Valorizamos como ápice de santidade o celibato para os solteiros, a fidelidade conjugal para os casados e a heterossexualidade para todos. Ao mesmo tempo em que somos lenientes com outros pecados tão ou mais graves. Mas Jesus não fala de “esforço bem intencionado”, como se bastasse tentarmos “fazer o nosso melhor” para com isto alcançarmos o favor de Deus. Em todas as passagens bíblicas em que se coloca como juiz Ele separa aqueles que cumprem daqueles não cumprem os mandamentos, simples assim.
Por viver este engano de que nossas obras valem alguma coisa além de serem trapos de imundícia é que vivemos esta santidade mentirosa baseada em não toque, não prove, não manipule que até possuem aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade e disciplina do corpo, mas que não tem valor algum, a não ser para a satisfação da carne, como Paulo denuncia em sua epístola aos Colossenses 2:20-23.
É muito mais fácil determinarmos que roupa vestir, quais palavras são proibidas ou quais comportamentos sexuais são aceitos. É mais simples conhecer a hierarquia dos demônios, fazer cultos festivos e tomar posse das bênçãos. Por outro lado, é muito mais difícil e complicado amar ao próximo como a nós mesmos, perdoar setenta vezes sete, amar nossos inimigos, caminhar a segunda milha, dar a outra face, nos doar aos necessitados e encararmos a nós mesmos e nossas contradições, ambigüidade e hipocrisias sabendo que, mesmo se cumpríssemos tudo isto, ainda assim seríamos servos inúteis que não teriam feito nada além do que aquilo que lhes foi ordenado.
Analisando todas as implicações, com o coração aberto e sem máscaras, só podemos chegar a uma conclusão: é impossível cumprir todos os mandamentos de Jesus na plenitude que Ele exige. Precisamos nos ver como somos. E a verdade é que perante Deus todos nós somos miseráveis, pobres e nus. A diferença é que muitos além de miseráveis, pobres e nus, ainda por cima não se enxergam.
Só quando nos vemos com os olhos santos de Deus, sem justificativas, sem desculpas, sem vestes da mentira,  é que percebemos que estamos irremediavelmente condenados, todos nós, seja pela lei de Moisés, seja pelos mandamentos de Jesus que são ainda mais profundos e exigentes que a própria lei.
Quando eu me enxerguei como sou, percebi que não há esperança que não seja a graça de Deus que se entregou na cruz em Cristo. Não há caminho que não seja me entregar, depor meu orgulho espiritual e entender que o único caminho é confiar, sem méritos, sem obras, apenas crendo em um Deus misericordioso que se fez homem apenas para que a minha injustiça fosse feita justiça perante Ele.                          
                                                                                                                                       

                                                                                                                                        

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